sábado, 27 de dezembro de 2008

É HORA DE BALANÇO

Fim do ano chegando e resultados sendo conferidos.
No caso da CiVViva, devemos dizer que esses resultados foram excepcionais.
Notamos agora que, desde o inicio do ano, tudo foi se encaixando de modo que todas as atividades acabaram dando certo.

Começamos com a constituição do LABORATÓRIO DE DEMOCRACIA URBANA da CiVViva, no dia do seu aniversário. No Seminário discutimos e avançamos propostas finalizadas à recuperação do ponto de vista civil, urbanístico, social e econômico do nosso bairro. Na ocasião, vários intelectuais se ofereceram para colaborar.

Logo depois, fizemos a coleta de assinaturas contra a violência. Numa manhã ensolarada, com a camisa da CiVViva, saímos pelas ruas. Conseguimos três mil assinaturas e mandamos a quem de direito (autoridades várias), Veja no nosso blog o que escrevemos.

Aproveitamos e recomeçamos as aulas de Tai-chi-chuan na Praça do Carmo, em março. A pedido do MABE, acompanhamos as crianças do Beco do Carmo e suas mães para um papo sobre oficinas a serem organizadas pelo Museu. Voltamos outras vezes até que tiveram inicio as oficinas para as crianças e algumas para as mães, também.

Em abril recebemos uma carta da OAB na qual diziam ter solicitado providências à Governadora, relativamente ao conteúdo daquela que acompanhava as assinaturas recolhidas no dia 01/03/08. Logo após recebemos a visita do Comandante da PM, Hilton Benigno, para discutir ações concretas para o bairro.

Em maio começamos a preparar a Oficina Escola de Escritores, iniciativa, essa, do nosso Laboratório de Democracia Urbana, e, do Grupo de Memória e Interdisciplinaridade, da Faculdade de Engenharia Civil, da UFPA. A oficina, ministrada pelo jornalista e escritor Oswaldo Coimbra, pós-doutor pela USP em narrativas criadas com pesquisas históricas, no campo do Jornalismo, tinha como objetivo um livro de resgate da memória da Cidade Velha.

Em junho, o nosso S. João na Praça, viu as crianças do Beco do Carmo apresentarem uma quadrilha e dançarem carimbó. O mingau de milho branco acabou rápido. Continuamos resgatando nossas brincadeiras de antigamente: o pau de sebo, o quebra-pote, a corrida de saco e de ovo, fizeram, como sempre, um sucesso enorme.

Em julho não tiramos férias. A Escola de Escritores iniciou sua atividade na Casa da Linguagem e nós começamos a preparar uma reunião com os moradores do bairro interessados em recuperar sua casa, usando o financiamento disponibilizado pelo programa Monumenta.

Agosto: a campanha eleitoral estava pegando fogo. Nós decidimos mandar uma carta aos candidatos, pedindo para incluírem no próprio programa de trabalho, se eleitos, solução para os problemas do nosso bairro. A relação era enorme. Quem sabe algum deles teve tempo para ler...

Tivemos também um encontro com a PM. Desta vez, lá no bairro de Canudos. Veio à tona a idéia das bicicletas a serem doadas à PM. Iniciava uma parceria.
Para evitar que “quem não deve saber, soubesse”, começamos, sem dar noticia no nosso blog, a coleta de dinheiro para comprar as bicicletas que fariam a ronda pelas ruas da Cidade Velha.

Em parceria com o Curro Velho, demos inicio, na sede do Fórum Landi, a três oficinas destinadas ao programa de Natal. Isso no mês de outubro. Canto Coral, para as crianças até 14 anos; Miriti/madeira e papel de fibra/argila, de 16 anos em diante. A idéia era preparar um presépio com material da nossa terra; sem camelos nem jumentos, mas com nossos bichos; sem pinheiros enfeitados; sem manjedoura, mas rede de palha: insuma, o mais próximo possivel a nossa realidade. Índios, negros, mulatos seriam retratados no Presépio Amazônico.

Em novembro, as “nossas bicicletas azuis, da cor da nossa esperança” estavam nas ruas, montadas por policias. Logo no primeiro dia um assalto na Dr. Assis demonstrou que a idéia ia dar certo.

Noticias chegaram avisando que dos 50 projetos enviados à Prefeitura, relativos aos financiamentos do programa Monumenta, 49 tinham passado o primeiro exame. Outro sucesso.

Estamos em dezembro. Outros resultados vieram à tona:

Dia 10/12 – Gráfica Sagrada Família, entrega do livro “Cidade Velha-Cidade Viva” para ser impresso;

Dia 16/12 – Fórum Landi – encontro com os comandantes da PM para um primeiro balanço das bicicletas na rua: os assaltos diminuíram 35%.

- dia 16/12 – no MABE, abertura da exposição “Meu Museu nosso patrimônio”;

- dia 18/12 – no Forte do Presépio, apresentação do Coro “Curumins e Cunhãs da Praça do Carmo;

- dia 22/12 – na Casa da Linguagem, inauguração do Presépio Amazônico.


Tudo isso você pode ler em detalhes aqui no nosso blog.

Égua, ninguém pode dizer que ficamos de braços cruzados, ou reclamando sentados na mesa de um bar....

Aproveitamos, portanto, para agradecer todos aqueles que nos ajudaram, seja na coleta de assinaturas, que na de dinheiro; seja nos encontros com a PM, que nas outras reuniões ou oficinas; seja emprestando sala para nossos encontros seja doando refrigerantes ou bombons para as festas; seja entregando cartas que arranjando fotocópias gratuitas; seja oferecendo oficinas gratuitas que pagando a limpeza das salas. Enfim, todo tipo de ajuda foi bem vinda.

O nosso êxito depende dessa colaboração. VALEU! OBRIGADA.

BOAS FESTAS A TODOS.

A Diretoria da CiVViva

Um comentário:

Fernando Rabelo de Souza disse...

As atividades desenvolvidas no bairro Cidade Velha são exemplos muito fortes de como a organização e o trabalho de alguns moradores pode beneficiar todo o conjunto. Parabéns, CiVViva!