terça-feira, 18 de abril de 2017

CARTA ABERTA a quem nos governa

Esta nota foi escrita dia 07 de setembro do ano passado. A publicamos somente agora porque tudo piorou...

Bom dia, Senhora e Senhores.

Abaixo segue a visão da Pça do Carmo, ultimamente, e neste exato momento: ja passa da meia noite. No entorno da praça, sentados ou andando com um pano no ombro, seus novos donos: os flanelinhas improvisados.




Os novos  donos da praça são os moradores de rua que dormem, defecam, urinam e fazem sexo a céu aberto, defronte da casa dos ‘marronzinhos’ que lhes dão comida, na Joaquim Távora. O numero deles aumenta diariamente ao ponto daquele lado da Praça do Carmo ter ficado intransitável.

A quantidade de carros com vidros quebrados que amanhecem na Dr. Assis, Dr. Malcher e mesmo na Pça do Carmo, é inaudita.   Os clientes da lojas que se lamentam e não voltam mais,  é incrível:  estão fugindo daqui (como estão fazendo, também, os moradores da Joaquim Tavora). E os furtos so fazem aumentar naquele entorno.

Todos acham que a culpa é deles, e até tentam demonstrar isso. Dai pedimos um encontro com o Padre Cura da Sé, e ele nos mandou falar com o Arcebispo.... Estamos pensando nisso e por estes dias tomaremos uma decisão, pois somos nós que moramos aqui e não estamos satisfeitos com o que vemos e vivemos.

 A poluição sonora, a poluição visual, a poluição ambiental, também causam problemas ao patrimônio eclesiástico, assim como às nossas casas. O custo de restauro desses prédios é enorme, mas, depois,  com  salvaguarda-los desse jeito? Como defender nosso patrimonio pessoal? AS pichações além da deturpação, autorizada, dos muros com grafites que nada tem a ver com a memoria deste bairro a ser defendida e preservada, também são um problema a ser enfrentado com seriedade.

Os danos causados pelo total abandono desta área tombada são enormes, e não somente os econômicos. AS vans e as carretas correm por estas ruas como se estivessem na  estrada da BR. Alias, as vans causam todo tipo de problema, pois param para esperar os possíveis clientes, formando filas de carros e ônibus e se alguém buzina, ai que piora, pois não se mexem. Sem falar nos palavrões e outras prepotências.

A trepidação causada por esse transito desenfreado é um problema ignorado por todos. Procuramos com lente de aumento, uma placa que seja avisando quantas toneladas devem ter os veiculos que podem entrar nesta área tombada e não encontramos. Mesmo a sinalização das ruas como prevê o Código do Transito é inexistente.  A Semob nem a conhecemos, mesmo se a  vemos na frente do prédio da Prefeitura, trabalhando, mas aqui também precisamos dela.



Vemos a PM parada na praça de fronte do Colégio do Carmo, principalmente. O problema porém está do lado oposto. Afugentar quem destrói esta área tombada, tomar conta daquele lado da praça onde  se instalaram essas pessoas, ninguém o faz. De quem é a competência de cuidar das praças/ruas calçadas? A GM, vermos menos ainda por estas bandas.

Os moradores daqui não tem onde estacionar os próprios veículos durante o dia a causa de abusos provocados por funcionários públicos dos órgãos instalados neste bairro. A maior parte dessas pessoas cuida das leis e são os primeiros a não respeita-las, estacionando sobre as calçadas de lios... que também são tombadas.

Reconhecemos que cada um de nós tem um pouco de responsabilidade no que acontece na cidade. Quando não somos nós, a suja-la em algum modo, são nossos filhos, os desastrados e incivis. Neste momento, muitos deles estão dançando no Açai Biruta, uma das outras causas das nossas desgraças, e os carros estão estacionados, também, na grama da Praça do Carmo.

As Secretarias Municipais, são outras culpadas,  ao não aplicarem as leis vigentes. Ao não controlarem o respeito das normas... ao esquecerem o que quer dizer “tombamento”.

Esta área foi tombada, mas quem as tombou, regulamentou o tombamento? Esse é um outro  problemas a ser resolvido. Alias, muitos são os problemas criados por esse desleixo com o nosso patrimônio que está fazendo  400 anos.

Por favor, esse bairro é a nossa memória histórica, vamos cuidar dele, em vez de continuar a depreda-lo, descaradamente?



Obrigado pelo que puderem fazer.

PS; em novembro foi realizada uma reunião com algumas secretarias municipais e a PM. Foi criado um 'whatzapp' para comunicações entre os presentes e os moradores da praça que pouco o utilizaram. Depois veio o carnaval na frente da igreja da Sé e esta Associação que representa os moradores, foi ignorada totalmente.  Hoje, a poluição sonora  continua tranquilamente, além de outros abusos que ninguem se interessa em placar.... O desrespeito das leis continuam, . 

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